Bem vindos ao Clube!

O Clube da História é um projeto de quatro professores de Brasília que acreditam que viajar é a melhor forma de aprender. Por que melhor do que falar sobre o que se leu, é falar sobre o que se viu...


Boa viagem!

Equipe Clube da História

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Carpe Diem

Do carro, no estado de São Paulo, escrevo minhas considerações finais sobre a viagem. Se me perguntarem se eu imaginava ver tudo que vi, digo que não. Não imaginava nem a metade.  Rios, estradas, pontes, lugares, musicas e pessoas. 15 dias pelo Mercosul com 3 camaradas capazes de tornar até as dificuldades engraçadas. Multas, propinas, dormidas ruins... mas ninguém nunca reclamou e diante dos problemas a gente tomou a única atitude que poderia ser tomada: resolver.

Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai... de Foz do Iguaçu ao litoral catarinense. Sinto que se passou um mês e apesar de já ter viajado muito, posso dizer com satisfação que pela primeira vez depois de adulto tive férias. E essas foram as férias que sempre quis ter, resultado do nosso próprio esforço... da crença que a gente vai chegar lá, mesmo sem saber onde isso fica.

A construção desse projeto, a contrução da nossa experiência depende apenas do nosso esforço e capacidade de fazer acontecer. Sonhos não são impossíveis. Quantos realizamos aqui? Andar de helicóptero não é coisa de rico e se quando criança seu pai não pode te levar ao Beto Carrero, cresça e vá você mesmo! E nós fomos onde quisemos e fizemos tudo que deu na telha. Dançamos tango, paramos para ver o por do sol, nadamos na praia, celebramos e brindamos várias vezes. Brindamos o momento, a vida, a oportunidade de compartilhar tudo aquilo e a cada brinde vinha o desejo de um ano ainda melhor.

Queremos mais... cada um agora volta a rotina, segue o seu caminho, mas mais virá. Virtude e fortuna dizia Maquiavel. Virtude são nossa habilidades e fortuna as oportunidades. Usando as habilidades nas oportunidades as coisas acontecem. As habilidades dependem de nós e as oportunidades nós buscamos, nada cai do céu e os objetivos de nossas vidas somos nós que traçamos. Ainda não sei qual é o meu, mas uma coisa é certa: queremos viajar mais, queremos liberdade, independência. Vamos fazer por onde.

2010 começa com o brilhantismo de 4 países, 7 estados, 10 cidades e mais de 7.000 km pelo Mercosul. Lembranças que serão contadas ainda por muito tempo, por toda a vida. E é isso que somos, o conjunto das experiências que carregamos na memória.

Eu vi e vivi. Dinheiro não temos muito, mas caixão não tem gaveta... então carpe diem!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

De Punta del Este a Santa Catarina... longa jornada!

08/01 - Beto Carrero: um sonho de criança. :-)


Montanha russa FireWhip



FireWhip - única montanha russa do gênero na América Latina.


Elevator - queda-livre e desaceleração


Torre de 100 metros - Queda livre


100 metros de queda livre

06/01 e 07/01 - Floripa


Praia da Joaquina - Floripa/SC


Mirante da Barra da Lagoa - Floripa/SC

Depois de apenas 240 Km chegamos em Floripa, uma ilha linda com meninas lindas, onde a mais feia é a mais linda de Brasília ou Goiânia (segundo a versão de Anderson). O hostel não agradou ninguém e depois de uma sequência de camarão no restaurante Meu Cantinho, na Barra da Lagoa encontramos uma pousada chamada Pousada do Carlos (pousada.docarlos@uol.com.br). Em um aconchegante apartamente de 3 quartos estávamos prontos para curtir todas as delícias de Floripa, as praias da Barra da Lagoa, uma vila de pescadores que é tomada por argentinos, praia da Joaquina, com suas fortes ondas. Na quinta visitamos o centro antigo, fomos ao mercado e mais camarão, depois, com o regresso para a pousada acompanhamos o fim de tarde na praia da Barra da Lagoa até as 21 horas.


05/01 Gramado - RS


Serra Gaúcha - Gramado



Quase todas as fotos by - Aurélio Araújo



Depois de um rápido café da manhã estávamos na estrada novamente. O caminho era longo e totalmente diferente de todo o trajeto feito. Uma rodovia cravada no meio da serra gaúcha, muitas curvas, uma chuva que acompanhava todo o trajeto e a tentativa de fugir da BR 101. O Aurélio deu a dica para mais uma parada, Gramado. Todos toparam de imediato e assim subimos a serra para vivenciar um pouco do aconchego dessa bela cidade. Gramado é uma cidade diferente de todas as cidades que passamos: um clima agradável mesmo no verão, muito arrumada, convidando sempre para um passeio. Almoço, café e chocolates, depois de uma série de fotos feitas pelo Aurélio, resolvemos embarcar de volta para a estrada.
Ainda nos resta terminar de vencer Rio Grande do Sul, com uma estrada tortuosa e a chuva que ainda acompanhava (gastamos 4 horas e meia para um percurso de 250 kilometros, com árvores caídas e um cuidado maior). O grupo decide por mais uma parada antes da chegada de Floripa, a cidade de Lages foi escolhida. Ficamos no hotel Catoni (uma rede tabajara da rede Calton hotel) escolhido ainda na estrada com a internet (Google Maps e Garmin no N95) que tínhamos no carro. Pedimos uma pizza e depois o sono abateu a todos.

04/01 - Do Uruguai ao Chuí (ponto mais meridional do Brasil)


Arroio Chui - Extremo Sul do Brasil

Punta del Este...
Nosso cansaço nos venceu e apesar da vontade não conseguimos ir ao casino... mais uma vez dormimos.
Na segunda-feira partimos de volta para o Brasil, seriam 250 km até a fronteira que supreendentemente estava fechada, passamos direto e nem mesmo carimbamos o passaporte. Uma vez no Brasil, fomos ao farol do Chuí, o ponto mais ao sul do país, finalmente a Bacia do Prata estava vencida. Uma parada no free shop para mais alguns o “regalos” e seguimos para Porto Alegre, depois claro de um churrasco brasileiro com arroz, farinha e feijão...
Devido a distância paramos em Pelotas...rsrsrsrs - começaram as piadas sacanas:
Veja os anúncio:
- Irmãos Vara! Tudo em fibra... kkkkkkkkkkk; Hotel Manta; Loja Quero-quero (fica engraçado com sotaque gaúcho); Rainbow Pub (hauauhauhauahuah...)  entre outros.
Entre piadas paramos numa pizzaria muito boa (a única aberta no centro), um momento de descontração e boa prosa, uma breve avaliação do passeio e imaginem, depois de dez dias de viajem ainda tinhamos assuntos inéditos! Fomos atualizar o blog, arrumar fotos e dormir para mais um dia de viagem agora rumo a Florianópolis...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Punta Del Este: a Las Vegas sul americana



 

Buscamos uma boa praia, Ponto 30, ficamos no restaurante da Master Card. Lugar VIP e atendimento VIP. Por que não? Um pouco de luxo não faz mal a ninguém, o dia foi só na sombra e água fresca... e um bom soverte Freddo de dulce de leche. Em Punta o Sol vai embora às 9 da noite. Saímos de lá às 6 e meia e o rei tava no céu ainda brilhando a pino.


 

Por-do-Sol em Punta Del Este

Mas o retorno ao hostel não se deu sem antes termos uma grande surpresa. Em meio a tudo que vimos, no mar o por-do-sol acontecia alheio à ostentação da alta burguesia sul americana. Um espetáculo da natureza que mereceu alguns minutos de silêncio... e no silêncio pensamos: já vimos tanto e ainda temos mais uma semana pela frente...

Fotos: Aurélio Araújo

Uruguai: uma agradável surpresa...


 
Anderson e Eldon aproveitam as águas do lago uruguaio

O Uruguai foi uma agradável surpresa, um país lindo, belas estradas, cidadelas charmosas e uma paisagem de encher os olhos e as objetivas da câmera. São 3,5 milhões de pessoas espalhadas em 178.000 km quadrados.  As paisagens eram tão belas que até paramos em um lago para lavar a cara e depois seguimos na ótima estrada.

A cidade de Punta del Este se aproximava,  já no fim da noite chegavamos ao hostel Del Patio, um belo lugar, mas com uma juventude pronta para uma balada e não para um intercambio de ideias. Saimos para procurar um local para comer, na praça achamos um Mc Donalds (única fonte de alimento aberta). Dormimos e pela manhã fizemos um passeio de carro pela avenida costeira: belos cassinos, hoteis, casas, lindas casas...

Fotos: Aurélio Araújo

Da Argentina ao Uruguai

Buenos Aires agora vai ficando para trás, ainda pela manhã pegamos a estrada, depois de um rápido café da manhã e do carro na porta do hostel Rancho Urbano era hora da saída definitiva, com e-mails dos novos amigos que criamos e malas no carro a avenida Corrientes 4139 agora fazia parte de um passado. Para uma saída mais rápida do grande centro urbano em Buenos Aires dispõe de longas auto pistas, com velocidades de até 130 Km/h que convidava para um ecesso, não deu outra, nos encontravamos já a 175 por hora e a última barreira policial fomos pego, o guarda nos acusava da velocidade, não tinha como negar, documentos entregues e nos dirigimos a um trailer da polícia, o guarda nos apresentou uma multa escrita a mão de 1095 pesos (algo em torno de 600 reais) para amendrontar mais ainda os viajantes, sem nada de pesos nos bolsos, apenas a grana para dos pedágios, um breve silêncio na cabine, então o velho vestido de policial disse: “Quanto os senhores tem de peso ai?” Juntamos tudo o que tinhamos e pagamos nossa saída.


 Parados na Fronteira Argentina - Uruguai na altura de Colón
 
Agora era correr para sair o mais rápido possível da Argentina, mas uma bela surpresa nos aguardava, uma “trancadeira” (conhecida no Brasil como congestionamento) de 5 horas para atravessar a fronteira com o Uruguai. Depois de um longo momento de espera e passaportes carimbados estávamos na nossa antiga província do prata.

E ao som de tecnotango nos despedimos de Buenos Aires...


Obelisco - Buenos Aires

Três dias intensos! Chegamos a uma hora da manhã no Brasil do dia 30/12, aqui era 00:00 (fuso horário)! Apesar do cansaço, dos longos 1300 km percorridos, cinco abordagens policiais (temos que dar esse crédito a Polícia Caminera Argentina, realmente trabalha!),  conversa fiada, sacanagem e diversão e um pouco de frustração, com o Guia Quatro Rodas que havia informado um trecho de 600 km duplicados, que não existiam, ainda houve ânimo para Quilmes e Coca Zero, oportunidade de conhecer galera do hostel.
        No dia seguinte saimos às nove e deixamos o nosso carro (valente Megane) na concessionária, pois ainda restavam 3.000 kilometros ainda para percorrer,  para troca de óleo e reparos na direção, o que não foi difícil visto que a marca Renault é líder no país.Tinha uma autorizada, a quatro quadras do Hostel (Rancho Urbano). Fomos muito bem atendidos, inclusive de tarde descobrimos que não haviamos deixado a chave do carro porém executaram bem o serviço... pronto era só guardá-lo em alguém estacionamento, despesa de garagem 40 pesos argentinos.

Enquanto o carro estava no conserto, saímos de metrô tipo retro (de verdade, não aquele protótipo como o de Brasília) e conhecemos la Calle Flórida, fizemos câmbio e fomos abordados por alguns oportunistas que tentam estorquir turistas. Dali seguimos para a região de Porto Madero, onde comemos uma típica Parrilla Argentina, no famoso Siga la Vaca (churrasco “nervoso”, que nos custou -$- 45,00, individual...R$ 22,50) com uma bebida inclusa (1 L  de qualquer coisa como um vinho, cerveja ou coca-zero), um local bastante refinado e que atrai muitos turistas... cheguem cedo!!!
        Mais tarde pegamos um taxi (que é relativamente barato) e fomos ao Café Tortoni, o mais antigo da cidade (de 1858). Com arquitetura Arte Noveau e muito requinte é um parada obrigatória em BA. Voltamos andando até a linha B do metrô na avenida Corrientes e seguimos para o hostel depois de pegar o carro na oficina (o serviço todo foi 560 pesos). No hostel, mais tarde, ficamos conversando com os outros hóspedes de vários países (Finlândia, Suiça, Itália, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Argentina, México, Uruguai e Brasil) tomando Quilmes e fumando charutos antes de dormir.

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Tango, regalos e boa comida no Caminito
 
No segundo dia, o despertador do Alfredo acorda a todos no quarto! Tomamos o café, deixamos as roupas na lavanderia e fomos ao Caminito – a verdadeira cara de BA. É um lugar bem aprazível. Com três pequenas ruas muito coloridas repletas de lojas, cafés e bares com mesas na rua em volta de um bairro bastante pobre, decadente e perigoso. Além do essencial Tango Argentino, ao vivo, na rua e grátis! Nosso companheiro Aurélio não resistiu, entregando-se nos braços da tanguera.  Sentamos numa mesa, na rua, e atendidos pela gentil Maria fomos ficando... ficando... ficando... horas depois entre Quilmes, hamburguesas, 7up, tango e compras (regalos) voltamos para o hostel. Precisávamos recarregar as baterias para o Reveillon.

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A festa na boate Niceto do ponto de vista de Anderson Camelo


         O dia de toda a viagem havia chegado, último dia de 2009 e aqui na Argentina, num hostel e com gente do mundo todo. O dia tinha cara que não iria render muito. Depois de uma tarde no hostel estavamos prontos para a noite da virada. O grupo do uruguai preparava o legítimo churrasco uruguaio, o grupo italiano preparava uma bela macarronada, o grupo mexicano uma forte bebida, uma brasileira preparava uma maionese, um irlandês e um inglês já muito embriagados comandavam a diversão. Mais tarde, tinhamos a Fiesta Internacional, um evento conjunto dos hostel de Buenos Aires.
        A comemoração de ano novo em um hostel é diferente de tudo. Primeiro que a cada momento tinha um comemorando ano novo, um japonês aqui, uma norueguesa lá no fundo da sala, um italiano no bar do hostel etc. Esse clima de pura convivência numa torre de babel. Naquela hora, por volta das vinte e duas horas, apenas uma pequena loja, 300 metros do hostel, permanecia aberta, pedimos ravioles e empanadas (típico aqui na Argentina, barato e sempre pronto para saciar a fome de quem quisesse!).
        Três, dois, um... feliz ano novo, feliz anos, happy(...), uma comemoração intensa, regada de muita confraternização, gente do munto todo e até do guará, em Brasília estavam lá. Brindes feitos e ingressos comprados, um grupo de muchileiros partiram a pé em direção a casa noturna, nosso Morfeu (Eldon) de porte do seu GPS fez a rota numa cidade sem taxi, quinze quadras depois todo o grupo estava na porta, já passava das duas da manhã e a noite estava apenas começando. Casa cheia e acredito que a maioria dos hostels argentinos estava lá. Muita música latina e muita gente bonita. As cinco da manhã estavamos tentando voltar para o hostel, sem taxi ou nenhum querendo parar, o que parou cobrou 50 pesos, um absurdo! No fim, uma nota falsa. Dormimos até as duas da tarde, o roteiro foi o cemitério Ricoleta, sorveteria Freddo e a Floralis Generica, Palermo. De volta para o hostel, hora de fechar a conta. Pizza com coca e cama.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Hora de dar adeus para "as" Argentina

Olá para todos, estamos no nosso quarto dia em Buenos Aires e ao amanhecer estaremos indo para Montevideu, no Uruguai. Durante o trajeto de carro até o nosso proximo destino estaremos fazendo um resumo desses dias aqui na Argentina, os locais visitados e tudo mais. Mas uma coisa posso dizer, essa cidade tem um encanto, parece feita para o turismo. E isso, detalhes da cidade em breve. Um forte abraço a todos que acompanham os nossos relatos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz Año Nuevo!!

Bom, mais um ano se encerra... seria contraditório um historiador dizer que um ano se foi ou que o tempo esta contra nós. Na verdade um ano se fecha e nos apoaimos em um passado que constrói e que agrega valores, conhecimento, aprendizado e experiência de vida. Estar longe de casa e das pessoas que amamos é uma oportunidade de refletir sobre os vínculos que construímos e acima de tudo sobre nós, enquanto ser... Estamos a 3000 km de casa, num país (des)conhecido, num misto de saudade e euforia; saudade sempre está na bagagem e euforia pelo que a estrada nos reserva... os 3500 km que temos que vencer e claro a estrada da vida! A um ano Machu-Pichu, hoje Buenos Aires no ano que vem onde será!? O ano que estar por vir como será!? Temos uma certeza muito trabalho e estudo cuja recompensa será mais uma vez...A estrada!


Feliz año neuvo a todos!

Feliz año, hermanos do Clube da História (um rótulo para uma coisa chamada amizade)!

Obrigado amigos!!